20/09/2025
Dia do Gaúcho
17/09/2025
Afundamento do navio Baependi (Baependy) do Lloyd Brasileiro
Morreu meu tio-avô, Joaquim Azambuja Leão
Brasil começa a entrar na 2ªGuerra Mundial
O mês de agosto de 1942 seria o mais trágico na história da marinha mercante brasileira: durante a guerra, nada menos que cinco navios foram torpedeados e afundados na costa brasileira, entre Sergipe e Bahia, pelo mesmo submarino nazista, o U-507, sob o comandado do capitão Harro Schacht. Em 72 horas, foram vitimadas 607 pessoas, entre tripulantes e passageiros, lamentando-se a morte de mulheres e crianças, inclusive de colo. Em 15 de agosto foram atacados dois navios de passageiros: o Baependi, do Lloyd Brasileiro, e o Araraquara, da Companhia Nacional de Navegação Costeira. No primeiro eram transportados 63 tripulantes e 233 passageiros, no naufrágio da embarcação morreram 55 tripulantes e 215 passageiros. Foi a maior tragédia em número de vítimas envolvendo um navio brasileiro. No segundo, foram vitimados fatalmente 66 tripulantes e 65 passageiros. Sobreviveram apenas oito tripulantes e três passageiros. No dia seguinte, 16, o navio Aníbal Benévolo, também do Lloyd Brasileiro, afundou matando 67 tripulantes de uma guarnição de 71 homens, e todos os 83 passageiros.
Em 17 de agosto, mais duas embarcações foram
atacadas pelo submarino nazista U-507, o Itagiba, da Companhia Nacional de
Navegação Costeira, e o cargueiro Arará, da Companhia Serras de Navegação
Comercial. O navio da Costeira transportava 121 passageiros, incluindo soldados
do 7º Grupo de Artilharia de Dorso, e tinha uma tripulação de 60 homens. Desses,
10 tripulantes e 26 passageiros morreram no ataque. A embarcação afundou em dez
minutos. O Arará, quando socorria os náufragos do Itagiba, foi covardemente
atacado pelo U-507, perecendo 20 dos 35 tripulantes.
O U-507 faria mais uma vítima no dia 19 de
agosto: a barcaça Jacira foi afundada a tiros de canhão, a 10 milhas da barra
de Itacaré, no sul da Bahia. Seus cinco tripulantes e o único passageiro
conseguiram se salvar.
O merecido fim do U-507 ocorreu quando foi
afundado no dia 13 de janeiro de 1943, no litoral do Ceará, por um avião
Catalina norte-americano do Esquadrão VP-83, sediado na Base Aérea de Natal.
Não houve sobreviventes de sua tripulação de 54 homens. Esse submarino, em seus
15 meses de operação, afundou e danificou 20 navios mercantes, totalizando
83.704 toneladas de arqueação afundadas.
Os ataques aos navios brasileiros em nossa
costa provocaram indignação e revolta geral na população do país. Milhares de
pessoas foram para as ruas de várias cidades para protestar contra os
afundamentos e o ato covarde que resultou nas mortes de centenas de vítimas
indefesas. No Rio de Janeiro ocorreram várias passeatas e comícios populares
exigindo o revide por parte do governo federal. Instalações como bancos e
empresas ligadas aos países do Eixo foram atacadas, e imigrantes e descendentes
de alemães e italianos foram admoestados pela turba furiosa.
Fonte: Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo
Comunicação Social
Mais informações:
Site da Marinha do Brasil:
Livro ‘Operação
Brasil’; Durval Lourenço Pereira
Segundo narrado no livro “Operação Brasil”, de Durval
Lourenço Pereira, que traz informações do diário de bordo do submarino, mostra
a ação de forma intensa.
Às sete da noite de 15 de agosto começou o
ataque do U-507 ao navio brasileiro Baependi. Num primeiro momento, dois
torpedos são disparados, mas erram. Entretanto o navio é lento e o comandante
alemão, capitão Schacht, consegue reposicionar seu submarino, ultrapassando o
barco brasileiro. As 19h12 abre fogo com outros dois torpedos e, rapidamente, o
navio vai para o fundo do mar. No Baependi, sobrevivem apenas 36, dos seus
322 tripulantes e passageiros.
Interessante notar a seguinte cronologia:
15/08/1942, 19:00, o submarino alemão U-507
torpedeia a afunda o Baependi. No mesmo dia, também torpedeia e afunda o navio
Araraquara.
16/08/1942, o U-507 afundou o navio Aníbal
Benévolo.
17/08/1942, o mesmo submarino afunda o navio
Itagiba e o cargueiro Arará,
19/08/1942, ainda o U-507, afunda a barcaça Jacira
a tiros de canhão.
22/08/1942, Brasil declara guerra ao eixo.
16/09/1944, chega o primeiro contingente da Força
Expedicionária Brasileira para combater na Itália.
15/08/2025
Dia dos Pais
15/05/2025
Milei e mais uma bravata lisérgica
A respeito da matéria da contra capa da Zero Hora de hoje (15/5): Milei eleva rigor para turistas e imigrantes.
Milei e mais uma bravata lisérgica
As receitas do turismo internacional sofreram um impacto significativo em 2020 devido à pandemia. A queda no número de turistas internacionais, com uma redução de 900 milhões entre janeiro e outubro de 2020, resultou numa diminuição de 63% nas receitas de exportação do turismo no mundo. Esta queda representou perdas consideráveis para o setor, demonstrando a severidade da crise no turismo global. A situação piorou com a quase paralisação desde abril de 2020 e ainda uma queda de 61% em 2021. Aqui, com a licença do leitor, vou incluir os estudantes estrangeiros como turistas, como faz a Organização Mundial do Turismo. Para efeito de cálculo, inclusive porque o comportamento econômico do estudante estrangeiro é idêntico ao do turista. E não vou fazer referência à questão de imigração, porque isto não é turismo.
Os principais países afetados pela queda nas receitas do turismo internacional em 2020 incluem aqueles que dependem fortemente do turismo, como: Espanha, França, Itália, Turquia, México, Grécia e Egito.
Estes países tiveram uma drástica redução nas receitas devido às restrições de viagens, fechamentos de fronteiras e queda no fluxo de turistas internacionais. Países altamente dependentes do turismo de lazer, como Espanha, França e Itália, foram especialmente afetados.
Após a pandemia de 2020, a Argentina, que depende bastante do turismo internacional, enfrentou uma forte crise no setor. Em 2020, houve uma grande queda nas receitas do turismo internacional devido às restrições de viagens e fechamento de fronteiras. Como resultado, a receita de divisas do setor turístico caiu drasticamente, acompanhando a diminuição do número de turistas estrangeiros.
Em 2021, a recuperação começou lentamente, mas os números ainda estavam abaixo dos níveis pré-pandemia. A Argentina trabalhou em estratégias para estimular o turismo com campanhas de marketing e flexibilização das restrições, com investimentos absurdamente altos, mas a recuperação total foi gradual.
Crescimento do Turismo Argentino no Brasil:
A balança turística entre Brasil e Argentina tem mostrado crescimento significativo nos últimos anos, com a Argentina liderando, com pouca margem, o fluxo de turistas para o Brasil. No entanto, o turismo brasileiro na Argentina tem enfrentado desafios recentes.
A Argentina é o principal país emissor de turistas para o Brasil, com um aumento expressivo no número de visitantes. Em janeiro de 2025, houve um crescimento de 92% no número de argentinos que visitaram o Brasil em comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo 870.318 turistas. Esse crescimento contribuiu para o recorde de chegadas de turistas internacionais no Brasil em janeiro de 2025, com um total de 1,4 milhão de visitantes. O fluxo inverso, do Brasil para Argentina foi em torno de 930.000 no mesmo período. Em ambos os casos, brasileiros e argentinos são os campeões de visitas – um ao país do outro.
Desafios para o Turismo Brasileiro na Argentina:
O turismo brasileiro na Argentina enfrenta queda recente, especialmente no primeiro semestre de 2025.
A valorização do peso argentino, a desvalorização do real e a liberalização de preços promovida pelo governo argentino têm contribuído para tornar a Argentina mais cara para os brasileiros. A queda do turismo brasileiro na Argentina foi de 20,3% em outubro de 2024 e de 42,8% em fevereiro de 2025, comparado aos mesmos meses do ano anterior.
Impacto da Balança Turística na Economia:
O turismo argentino no Brasil tem forte impacto na economia brasileira, com os turistas argentinos contribuindo para o crescimento do setor de serviços e hotelaria.
Em 2024, o turismo brasileiro alcançou um faturamento recorde de US$ 7,341 bilhões, impulsionado pelos gastos de turistas estrangeiros, incluindo os argentinos.
Apesar da queda recente no turismo brasileiro na Argentina, o Brasil continua a ser importante destino para os turistas argentinos, com o Rio Grande do Sul e a região Sul do Brasil como principais destinos.
Em reciprocidade comercial, a balança de turistas entre Brasil e Argentina sempre foi equilibrada, com raras variantes econômicas que orientaram a balança ora mais par um, ora mais pendente ao a outro. Ocorre que, nem sempre existe reciprocidade comercial. Dependendo de quem estiver no Governo, uma bravata como esta, prometida pelo Sr. Milei, Presidente da Argentina, eu diria “o maluco do plantão”, pode mudar o eixo direcional do fluxo de turistas que iam à Argentina e, agora, começam a mudar.